Notícias

Ata mantém chance de corte adicional na Selic e juros caem

Isso resultou em recuo generalizado nas taxas dos contratos futuros, percebido com maior intensidade nos prazos longos.

Autor: Fabrício de CastroFonte: Estadão

A ata referente à última reunião do Comitê de Política Monetária, Copom, divulgada ontem, não apresentou grandes novidades, mas como o documento deixou em aberto todas as possibilidades, o mercado de juros aumentou levemente as apostas em um corte de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros, Selic, em outubro, adicional a uma queda de 0,50 ponto porcentual em agosto. Isso resultou em recuo generalizado nas taxas dos contratos futuros, percebido com maior intensidade nos prazos longos.

Enquanto isso, a Bovespa e o mercado de câmbio viveram mais um pregão sob a influência preponderante do cenário internacional. Lá fora, o ambiente de negócios melhorou em função, principalmente, de resultados corporativos positivos nos Estados Unidos e de uma trégua na Europa.

Na Bolsa, pesou também o fato de o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, ter admitido que os preços dos combustíveis estão defasados e podem ter novo aumento. Embora ele tenha se eximido de apresentar datas, isso foi suficiente para elevar os preços das ações da Petrobrás e acentuar a alta do Ibovespa, que fechou em 55.346,65 pontos, com valorização de 1,40%.

As ações ON da petroleira tiveram alta de 1,86%, enquanto as PN subiram 1,50%. Também colaborou para esse desempenho a alta de 3,1%, a US$ 92,66 o barril, no contrato de petróleo com vencimento em agosto, negociado em Nova York.

Outro destaque foi o setor de construção, que se beneficiou das prévias de resultados do segundo trimestre, apresentadas por algumas empresas. Já os papéis da Vale terminaram o dia em direções opostas com ON em alta de 0,13% e PNA mostrando recuo de 0,08%. Com isso, a Bolsa emplacou a terceira alta seguida, acumulando aumento de 3,64% no período, o que eleva o ganho do mês para 1,83%. No ano, a queda ainda é de 2,48%.

No mercado de câmbio, a perda do dólar acompanhou de perto o comportamento que a moeda mostrou diante da maioria das demais divisas no exterior. Porém, a trajetória foi intensificada pela percepção de fluxo positivo no segmento comercial. Operadores afirmaram que a presença de exportadores nas mesas vendendo dólares foi destaque ontem. Ao final do pregão, o recuo da moeda norte-americana ficou em 0,40% no mercado à vista de balcão e, na semana, o recuo já é superior a 1%. Assim, o dólar continuou seguindo seu caminho rumo ao piso informal de R$ 2,00, fechando o dia a R$ 2,016 no mercado à vista de balcão.

voltar

Links Úteis

Indicadores diários

CompraVenda
Dólar Americano/Real Brasileiro5.77085.7718
Euro/Real Brasileiro6.26916.2771
Atualizado em: 31/10/2024 09:17

Indicadores de inflação

07/202408/202409/2024
IGP-DI0,83%0,12%1,03%
IGP-M0,61%0,29%0,62%
INCC-DI0,72%0,70%0,58%
INPC (IBGE)0,26%-0,14%0,48%
IPC (FIPE)0,06%0,18%0,18%
IPC (FGV)0,54%-0,16%0,63%
IPCA (IBGE)0,38%-0,02%0,44%
IPCA-E (IBGE)0,30%0,19%0,13%
IVAR (FGV)-0,18%1,93%0,33%