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Auxílio emergencial manteve endividamento sob controle
Estudo da Boa Vista mostra que o endividamento recuou no segundo semestre entre aqueles que receberam o benefício
O auxílio emergencial ajudou a evitar a explosão do endividamento em 2020, principalmente no segundo semestre, como mostra estudo da Boa Vista.
Os economistas do birô de crédito compararam os atrasos acima de 15 dias entre os consumidores que receberam o auxílio, e o total de consumidores (beneficiados ou não).
Enquanto em abril de 2020 os atrasos acima de 15 dias chegaram a 25,8% entre beneficiados pelo auxílio e a 17,7% entre o consumidor geral, em outubro essa discrepância entre os dois públicos foi reduzida para apenas 2,7 pontos percentuais, com os atrasos entre beneficiados chegando a 18,3% e a 15,6% entre os consumidores em geral.
“Constatamos que o auxílio emergencial teve papel crucial nos pagamentos de dívidas dos consumidores. O segundo semestre de 2020 teve queda nos atrasos de pagamentos entre os beneficiados pelo auxílio, cenário que pode voltar a mudar em 2021 com o fim do benefício”, explica Flavio Calife, economista da Boa Vista e responsável pelo levantamento.
INADIMPLÊNCIA
Outra conclusão do estudo é que parte dos recursos do auxílio emergencial colaborou para que as famílias pagassem dívidas bancárias, o que fez com que a recuperação de crédito não fosse tão prejudicada e a inadimplência se mantivesse controlada.
Tanto que a taxa de inadimplência do consumidor deve encerrar o ano de 2020 próxima de 4,3% (inadimplência com recursos livres calculada pelo Banco Central), ou seja, numa queda de aproximadamente 14% em relação ao nível de dezembro de 2019, quando marcava 5,0%.
Para 2021, no entanto, a expectativa é de elevação da inadimplência em função do término, ou redução, do programa de auxílio emergencial, bem como do prazo de carência das postergações que foram realizadas, sobretudo, no 2º trimestre do ano passado.
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