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Como a pandemia transformou os hábitos dos profissionais
Novo estudo da Udemy sobre o impacto da pandemia na força de trabalho mostra mudanças positivas e negativas no comportamento dos trabalhadores
Recentemente, a Udemy, o maior marketplace de cursos online do mundo, divulgou o relatório The Portrait of a Pandemic at Work, sobre como os profissionais estão adaptando as suas rotinas de trabalho durante a pandemia. Para o estudo, foram ouvidos apenas profissionais dos Estados Unidos, mas as descobertas podem servir como exemplo e como comparação para outros países.
O relatório mostra que a experiência de quem está trabalhando em home office nos tempos atuais não é necessariamente positiva ou negativa – é uma mistura de ambos. Embora o home office tenha as suas vantagens, como a economia de tempo com deslocamentos diários e a maior proximidade com as pessoas que moram na mesma casa, a realidade de quem está trabalhando em home office durante a pandemia é repleta de desafios. Alguns deles são conciliar os afazeres domésticos com as tarefas profissionais e criar limites de horário para o trabalho.
No que diz respeito às mudanças negativas causadas pela pandemia, o estudo identifica alguns comportamentos contraproducentes nos profissionais que estão trabalhando de casa. Por exemplo, 51% dos profissionais pesquisados disseram já ter assistido TV enquanto trabalhavam, 45% disseram já ter trabalhado da cama e 36% disseram já ter atendido a uma ligação de trabalho no banheiro de casa.
Além disso, 61% dos pesquisados disseram que cozinhar e comer estão entre os principais motivos de eles não estarem totalmente focados no trabalho.
“Esses resultados mostram a importância de trabalhar com limites de horário e de fazer pausas, principalmente para o almoço. Como estamos trabalhando sem o limite usual entre trabalho e casa, muitos funcionários e especialmente muitos chefes não respeitam os horários de trabalho e descanso, o que é prejudicial inclusive para a produtividade”, afirma Raphael Spinelli, gerente da Udemy para a América Latina.
Do lado positivo, o relatório mostra que os profissionais, enquanto estão em casa, estão buscando melhorar as próprias competências e adquirir novas por meio do aprendizado online, em plataformas como a Udemy – 67% dos pesquisados afirmaram ter a intenção de fazer isso. Além disso, 37% deles contaram que buscaram treinamento em habilidades profissionais como desenvolvimento web e design gráfico nos últimos tempos.
“Acreditamos que, com o passar do tempo, os profissionais que ainda não estavam acostumados a trabalhar de forma remota e que estão tendo dificuldades com isso atualmente conseguirão fazer alguns ajustes e se adequar”, afirma Spinelli.
Algumas dicas do estudo para uma vida mais equilibrada em home office são fazer pausas durante o trabalho, praticar atividades como meditação e ioga e desenvolver hobbies – o segredo é não deixar as tarefas de trabalho ocuparem o dia todo.
O estudo também aborda a volta gradual aos escritórios, que já está acontecendo em algumas empresas nos Estados Unidos. No entanto, os profissionais não se mostraram muito confiantes sobre o assunto –apenas 41% dos pesquisados disseram acreditar que as empresas reorganizarão os seus escritórios com o objetivo de proteger a saúde e a segurança de todos.
A opinião dos profissionais quanto ao trabalho em home office também sofreu alterações – 48% dos pesquisados disseram que, se as empresas em que trabalham não permitirem opções de trabalho flexíveis, eles considerariam pedir demissão, algo que pareceria incomum há alguns anos.
Para o relatório, foram ouvidos mais de 1.000 profissionais que trabalham em tempo integral normalmente em escritórios nos Estados Unidos. Não foram ouvidos trabalhadores essenciais, como funcionários de hospitais e supermercados.
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