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Demissão voluntária atinge recorde em 2023, indicando mudanças no mercado de trabalho

Empresas devem implementar práticas de valorização e engajamento dos funcionários.

O número de trabalhadores que decidiram deixar seus empregos por vontade própria atingiu um recorde em 2023. De 21,5 milhões de desligamentos no ano passado, 7,3 milhões foram demissões voluntárias, o que representa 34% do total.

De acordo com dados de um levantamento realizado pela LCA Consultores, em comparação com os anos anteriores, houve um aumento significativo nesse tipo de desligamento, com 6,8 milhões em 2022 (33,6%), 5,6 milhões em 2021 (33,4%) e 3,8 milhões em 2020 (27%).

Esse crescimento contínuo aponta para uma evolução nas preferências dos trabalhadores em relação aos seus empregos e uma possível adaptação às novas condições do mercado de trabalho.

Entre os fatores que levam ao pedido de demissão voluntária estão a busca por empregos mais alinhados às expectativas individuais, a entrada de mais jovens no mercado de trabalho e mudanças na metodologia de avaliação do emprego, como a implementação do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Além disso, o nível de instrução também é uma variável relevante, já que os trabalhadores mais qualificados passaram a liderar o índice de demissões voluntárias.

O economista da LCA Consultores, Bruno Imaizumi, aponta que o aumento dos desligamentos voluntários reflete uma maior oferta de vagas no mercado, permitindo que os trabalhadores busquem oportunidades mais adequadas às suas aspirações profissionais.

“Esse movimento é particularmente evidente entre os jovens, para quem o sucesso profissional muitas vezes está associado à realização pessoal no trabalho”, explica o especialista.

Por outro lado, esse fenômeno também destaca a importância de políticas e práticas que promovam a valorização e o engajamento dos trabalhadores nas organizações, adaptando-se às novas demandas e realidades do mundo do trabalho.

Apesar do aumento recente nos pedidos de demissão voluntária, as previsões para o ano de 2024 apontam para uma diminuição desses números devido ao cenário econômico.

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