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Guia salarial 2023 indica mudanças nas prioridades dos trabalhadores e desafios das empresas para o próximo ano

Segundo o Guia Salarial, 75% dos executivos que responderam à pesquisa dizem que o modelo flexível é positivo para atrair talentos e 42% das empresas que optaram pelo retorno presencial admitem ter perdido colaboradores.

O momento é de recuperação e reestruturação, com foco nos novos modelos de trabalho, atração e retenção dos melhores profissionais, conclui a nova edição do Guia Salarial 2023, da Robert Half, que mostra o panorama previsto para o mercado de trabalho brasileiro do próximo ano.

Os branch managers da Robert Half, Leonardo Berto e Vitor Silva, avaliaram os resultados no podcast Robert Half Talks. “O mercado de trabalho é complexo por si só, e o trabalho do nosso guia é atualizar as empresas que contratam e os profissionais com essa complexidade”, explica Silva.​

Com a função de informar oferta e demanda do mercado de trabalho, a percepção é de que as discussões ficaram mais intensas.

“A gente está falando de um mercado que evoluiu em relação ao ano passado. O profissional é agora o protagonista. A realidade é de um movimento consolidado que está rompendo paradigmas, como o de modelo de trabalho e da busca de talentos fora dos próprios setores. Isso dá mostra de como o mercado está dinâmico”, completa Berto.

NOVAS EXIGÊNCIAS DOS TRABALHADORES

Segundo o Guia Salarial, 75% dos executivos que responderam à pesquisa dizem que o modelo flexível é positivo para atrair talentos e 42% das empresas que optaram pelo retorno presencial admitem ter perdido colaboradores.

Em relação aos candidatos às vagas, 39% deles afirmam que buscariam outra oportunidade se não tivessem flexibilidade no modelo de trabalho. “A maioria dos candidatos já partem do pressuposto de que as empresas estão no híbrido. Com certeza, muda muito a atratividade quando é presencial. Estas têm sofrido mais”, diz Berto.

Segundo ele, a questão não está mais confinada ao segmento de tecnologia, chegando em engenharia, back office, analistas e até c-level. As pessoas estão abrindo mão de remuneração para ficar em casa”, afirma Silva.

“Em 2020, era uma condição imposta. Hoje, os impactos são mais latentes. Nas grandes capitais, essa cultura está muito mais trabalhada. Nas operações de portos e no interior ou pólos industriais, a dor das empresas é clara. Muitos colaboradores voltaram às suas cidades de origem. Essa questão geográfica causa impacto tanto na retenção quanto na atração. A empresa fica restrita a uma parcela reduzida do mercado”, completa Berto.

A frequência de presença no escritório deixa claro que as empresas que optaram pelo sistema híbrido ainda restringem a obrigatoriedade a uma ou duas vezes por semana. Segundo Vitor, isso vem impactando na infraestrutura que oferece aos empregados.

“A modalidade remoto full, quase como uma offshore, mexe muito com a atividade da empresa e é ‘intensa’ demais para quem não está acostumado, mas tem demanda no mercado de tecnologia. As pessoas querem e gostam disso. Em breve, vai ser algo natural. E o pulo do gato é aprender a trabalhar assim”, comenta Silva.

“O mercado se tornou mais flexível. Isso nos leva a pensar que entre os modelos A, B ou C não há um mais adequado. As pessoas vão se adaptar necessariamente”, afirma.

SUSTENTABILIDADE IMPORTA

A sustentabilidade das empresas é uma força de endomarketing e importa muito [para os candidatos], segundo o Guia Robert Half.

Mostrar que ela dá espaço para o desenvolvimento de carreira é top 1 nos desejos do profissional, segundo o Guia Salarial 2023, porque as pessoas querem escrever histórias e contar essas histórias no futuro.

Em seguida, vem o modelo de trabalho; o valor da marca e sua ética; e os instrumentos de remuneração, que tem a ver com o tempo médio que o profissional vai ficar na empresa”, enumera Silva.

Com informações Robert Half

Fonte: Netspeed

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